quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Sábado, 20 de fevereiro de 2010

Expressão
“Quando tarda quem amo, meu coração fica exposto e aberto”.
Não sei absolutamente quantos dias compus minha vida sem nenhum amor. Mas sei que depois do primeiro, instintivamente não conseguirei evitar o segundo, o terceiro. Nosso corpo clama por mais, mais e mais. Talvez não fosse amor, mas algum sentimento indecifrável e estupidamente inflável compusera meu coração. Eu ouvi calada alguma coisa, em qualquer tempo. Algumas coisas sobre amor, outras sobre a dor. Enfim, dá no mesmo, não é? Mas falei para quem precisasse ouvir - minhas coisas sobre amor e dor. Escrevi, melhor dizendo. Não percebeste, mas além dos meus lábios expressando meus dizeres, meu corpo falava também. Numa batida mais abrupta do coração quando dizia algo reprimido há tempos ou num olhar desviado, para não admitir que a coragem que eu tinha para encarar teus olhos, mais uma vez, havia se decomposto. Nossos jeitos são singulares. Talvez se entrelacem de alguma forma, talvez não. Tanto faz. Às vezes sentimos como se caminhássemos desencontrados. E acredito que esse seja o ponto chave. Caminhamos pelo mesmo lado inúmeras vezes e sempre acabamos juntos no final. E daqui pra adiante eu já não sei escrever mais. Por que nosso tempo continua daqui pra frente. Sabe-se Deus se caminharemos mais vezes ao desencontro ou se, definitivamente, vamos nos abraçar e segurar com toda força o que vier para nós. Como nômades, sem destino e paradeiro. Como cegos no dia mais claro da semana, ainda assim enxergam o escuro.

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