domingo, 27 de outubro de 2013

Parafraseando

A relação mais profunda é a experiência do amor. Ela traz as mais felizes realizações ou as mais dolorosas frustrações. Nada é mais misterioso do que o amor. Ele vive do encontro entre duas pessoas que um dia cruzarem seus caminhos, se descobriram no olhar e na presença e viram nascer um sentimento de enamoramento, de atração, de vontade de estar junto até resolverem fundir as vidas, unir os destinos, compartir as fragilidades e as benquerenças da vida. Nada é comparável à felicidade de amar e de ser amado. E nada há de mais desalodor, nas palavras do poeta Ferreira Gullar, do que não poder dar amor a quem se ama. Todos esses valores, por serem os mais preciosos, são também os mais frágeis porque mais expostos às contradições da humana existência.Cada qual é portador de luz e de sombras, de histórias familiares e pessoais diferentes, cujas raízes alcançam arquétipos ancestrais, marcados por experiêncis bem sucedidas ou trágicas que deixaram marcas na memória genética de cada um. O amor é uma arte combinatória de todos estes fatores, feita com sutileza que demanda capacidade de compreensão, de renúncia, de paciência e de perdão e, ao mesmo tempo, comporta o desfrute comum do encontro amoroso, da intimidade sexual, da entrega confiante de um ao outro. - Leonardo Boff.

sábado, 26 de outubro de 2013

Ser Novo

"...Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.
Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina. Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo... C.F.A.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Tens amado?

 “Como tens amado ultimamente?”, perguntaram-me assim, esta frase sem nexo. Não respondi.  Indaguei, então: “o que quer dizer com isso?”.  E respondeu: “Amado, oras? Tens amado?”. Falar de amor a este ser que vos escreve é o mesmo que transcender à razão que hoje inunda minhas entranhas e meu pensamento e, deste ponto, ir para de encontro a ti, visto a emoção que a palavra “amor” transmite. Amar e razão, nem sempre andam juntas. Ainda mais um “amor” vindo de quem vem: meu, meu amor. Pensei... Longos segundos, e respondi: “Tenho escrito, mas não tenho leitores. Meu leitor se despediu, há tempos. Tenho pensado, desde então. Na tentativa de organizar o que sinto. O que penso. Tem funcionado. Mas acho que isso não vale como ‘amor’. E eu também tenho estado com outros. Eles me mostram sorrisos e eu lhes devolvo os meus, tímidos. Eles me estimulam a fala, para que eu não esconda mais na escrita esta minha forma de amar. Eles, meus amores. Família. Amigos. Meus bichos. Meu trabalho”. Eu me fiz clara, pois. Amar é isto mesmo: enxergar ao redor, se agarrar no que tem, e com as forças que existem fazer externar uma alegria de algum lugar qualquer [e que pouco importa de onde venha], mas enxergar felicidade por estar bem ali, com aqueles que te amam e que tu ama também.  Amar sem culpa. A culpa existe se tu não amares ou quiser deixar pra depois. Se assim for, quem vai ser tua companhia, amanhã ou depois, não vai ser quem tu amas, mas sim a culpa, por não amá-los por completo. Na totalidade que “amar” exige. E, pior será: se a vida te cavar uma peça daquelas que te arranca tudo. Até o amor. Aí, então respondi: “Tenho amado, pois vivo. Deixei de ser uma simples existência. Passei a me amar também”.  E bem no fundinho, eu sei: nos dias de ausência, teu refúgio está nas leituras disponíveis. Versos que escrevi a ti, sobre um ‘nós’. E esta tem sido a tua única maneira de amar, também. 

domingo, 13 de outubro de 2013

Amar

Eu vou pensar positivamente e depositar toda fé em qualquer situação, por mais enrolada que esteja. Acredito que é possível superar, dar a volta por cima e mostrar a eles que existe o [nosso] amor, e que este não se define por sexo, classe, credo, etnia, nem pela distância. Fazê-los acreditar, e sobretuto, instigá-los a procurar o amor que lhes causa qualquer formato de felicidade. Minha forma de amar não admite demosntrar-se em guerras ou qualquer outra ocasião que eu possa estar ou colocar quem eu amo em posição de ter que escolher entre o amor de um ou de outro. Se os fizermos acreditar que o amor existe sim, não vai ser preciso tais escolhas. Todos serão e estarão amados. Pois, sem amor, não há felicidade. E ninguém tem direito de oprimir quem deseja viver um amor, porque não foi amado um dia. Permitam-se!! Amem.