terça-feira, 28 de fevereiro de 2012


Viver na exaustão, não faz bem. Mas, viver na monotonia é suicídio. É por isso que mantenho o equilíbrio e vivo na linha tênue entre ambos. Bem, não é como estar sob pressão ou tensionada a tomar alguma decisão concreta que definirá o resto dos meus dias. Mas é semelhante, pois, essa fase de transição que estou hoje está chegando ao ponto máximo. O frio na barriga intensifica a cada dia que passa e o dia “D” se aproxima. Seria isto fisiológico? Realmente, não sei. E faz pouca diferença saber, até porque voar para os males desconhecidos poderá ser interessante, também. Explosões com sensação de alívio também fazem parte deste corpo que vos fala. E, ainda que eu expresse, à minha maneira, todo esse emaranhado de coisas, gosto de reafirmar: eu sou apaixonada pelo viver; pelo sentir; pelo falar; expressar; por gostos; cheiros; aromas; sabores; qualquer coisa que aflore o que há de mais íntimo em mim. Todos nós vivemos em um mundo de dúvidas, mas quando pego tua mão, saibas que, de fato, quaisquer dúvidas são meros grãos de areia e eu só penso em dizer uma coisa: que prossiga.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Parece tão fora de moda sentir certas coisas. Hoje, ao ler algumas palavras repletas de vivacidade, percebo que eu não conseguiria esboçar a delicadeza de certas emoções em pequenas frases. Sou limitada ao que está bem à frente e em momentos raros enxergo além do que os meus olhos conseguem captar. Seria eu tão comum a este ponto? Embora saiba que não compartilho nenhum décimo do que se passa no meu interior. Talvez não seja tão simples como parece colocar no papel a magnitude do que é o “sentir”. Para alguns, o “sentir” parece ser tão pouco – carnal e físico. E, pra outros, tais como eu, expressa inúmeras coisas que vão além da própria subjetividade. Queria eu possuir a liberdade de expor o que sinto através de um grito audível a quilômetros, sem receio e a estranheza dos olhos alheios.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Tradicionalismo

Em tempos em que o coração é apenas um órgão vital que bate e a simbologia que o caracteriza como algo subjetivo, emocional e afetivo do ser não é mais tão fortemente envolvente, eu sinto que cresci e permaneço como alguém tradiconal, pra não citar arcaico. Acredito na paz interior e que os momentos de equilíbrio são como antídotos para quando nossa alma encontra-se agitada. Também, penso na superação a partir da reflexão constante de positividade. Gosto do casual, da naturalidade das coisas e, como de praxe, evito expectativas, pois, aliada a esta última, só existem duas coisas possíveis: ou decepção, ou superação. Prefiro ficar neutra, sem esperar o melhor nem o pior. Aí retomo o que disse anteriormente: acredido na naturalidade e no casual. Que estes se encarreguem de me mostrar o melhor da vida, enquanto continuo traçando este caminho que, pra mim, ainda está no começo, embora vinte anos já tenham se passado. E o que tem a ver meu coração com a casualidade, naturalidade? São indissociáveis. A não existência de expectativas, proporcionou-me o acaso. Logo, conheci pessoas entre as quais, uma se destacou. E, sem querer forçar nada, até mesmo por eu estar nesse processo de construção constante (mutável), a naturalidade se encarrega de esboçar nosso caminho.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Cheguei a casa com uma vontade tremenda de escrever. Ao menos tentar colocar no papel o turbilhão de sentimentos que se espalhavam por todo meu corpo. A despedida nunca foi o meu forte, confesso. Ainda, arrisco dizer que este seja um dos meus pontos fracos. Embora, se realmente fosse, jamais eu admitiria. Despedir-se de alguém especial, marcante, interessante e indispensável. E enquanto “até logo”, ela ainda é gostosa de ser sentida. Mas, quando é caracterizada como um “sabe-se lá quando”, aí aperta. Além da despedida, tive um momento de superação, também. Cotidianamente, quando alguém próximo falava algo que incomodava, eu virava as costas e saia. O fiz ontem. Seis passos afastados e então parei, respirei fundo e voltei. Talvez não tenha significância alguma pra ti, mas pra mim, que me esquivava destas situações, enfrentar com calmaria foi uma conquista. Sem tremer a voz, soube dizer as coisas que precisavam ser ditas. Outras eu deixei subentendidas. Sem forçar nada. É tudo tão simples quando estou com você. A vivacidade transparece em meus atos que irradiam desejos e quereres contaminando corações e mentes que está em meu redor. Está tudo tão claro pra mim, que se eu descobrisse ser um sonho, preferiria continuar a sonhar.