terça-feira, 1 de maio de 2012

Revivendo

Revendo e relendo postagens antigas, penso que algumas delas ainda permancem vivas em meu cotidiano. Esta escrevi em dezembro de 2009, e tal ilustração traduz o meu agora.

"Meu pulsar (quase) enferrujado Sinto meu coração enferrujado. Ás vezes parece ter conserto. Mas às vezes não. Ou melhor, a maior parte das vezes. Penso, porém, que talvez seja apenas uma questão de... tempo. Mas e se esse tempo pra mim for curto demais? A espera não seria suficiente. Talvez eu seja exigente demais. Ou orgulhosa. Depende pra quem. Depende por quem. Um coração que bate é um coração que funciona. Mesmo que em meio a inúmeros machucados, alguns ainda a sangrar. Eu gosto de me sentir assim. Sentir que amanhã ou depois haverá alguém que me roube o sorriso e me dê em troca uma gargalhada. Entretanto, isso às vezes cansa. O meu querer é imediato. Tenho medo, pois, de estar dando tempo demais ao tempo e me transformando em um ser difícil de querer por perto. Não consigo já não deixar transparecer. Eu escolho as melhores palavras pra tudo, mas o brilho fraco em meus olhos parece me entregar: há algo faltando em mim. Meu coração precisa mudar o ritmo. Não quero que se acostume assim. Está lento demais. Calmo demais. Gosto de sentir suas batidas pulsarem dentro do peito, como se fossem inflar e explodir. Gosto, ainda mais, das batidas que parecem fazer ele subir à garganta e querer sair boca a fora. Gosto de entregar a alguém, sem medo de me devolverem. Se não conseguir fazê-lo funcionar como deveria, aí então ele estará enferrujado demais para ser consertado".