E é um até logo que não te diz nada sobre como será o “logo”.
Não diz se tu tens permissão de procura-lo e perguntar como foi o dia, depois
terminar a ligação com um novo “até logo” retornando para um “logo” que não
estima tempo: amanhã ou nunca mais? E te deixas oscilando de um extremo ao
outro: ontem chorei rios, hoje um sorriso se abriu. Sorriso de conforto, pois
deitei com o coração já calmo. Já não havia mais o que chorar [nem forças para
tal]. E o que tu não espera em um dia que pelo caos da situação já o torna
cinza é que o dia amanheça nublado. Um tempo emburrado tanto quanto eu. Mas passa daqui24 horas. Outro dia. E assim
mais um, e outro. E aquele quebra–cabeça com peças embaraçadas, [vulgo meu coração]
começa a se juntar. Se isso ficará firme, eu não sei. Mas vai acomodar. Vai superar. Não quero superar você. Jamais. É
a situação. É a forma como aconteceu e o que não aconteceu. É o meio disso tudo,
entende? Meio distância. Meio carinho. Meio eu, sozinho, sem você. Meio você,
sozinho, sem mim. E aflora, ainda assim, um sentimento de amor, a você. E meu pensamento vai de encontro ao teu.
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