sexta-feira, 26 de julho de 2013

Algo qualquer

Eu já cortei o cabelo. Comprei umas cervejas pra passar a noite. Só [de sozinho, e não apenas]. Tomei um banho e me ajeitei. Tá bom: apenas penteei o cabelo. A roupa é a mesma. Coloquei as nossas músicas e assim passei. Bebi uma, duas ou mais. E o tempo, ainda assim, se arrastava. Fiz algo pra comer, mas não desceu. Até tentei! Mas desde o caos inicial estou tentando deglutir, seja algo sólido, sejam sentimentos. E dá no mesmo. Engolir não dá. Respirei inúmeras vezes profundamente. Olhei o celular. Nada. E nem teria como ter algo. Estás longe, distante quilometricamente falando, sem qualquer meio de comunicação, sem vontade de algo, de mãos amarradas tanto quanto a mim. Estás longe de qualquer espécie de contato.  Devo estar bebendo muito rápido, alterando qualquer neuro-sistema [ou instaurando uma esquizo]. Os sentidos já não estão assim, tão facilmente percebíveis. Reduziram. E deu. A questão que vem a mente é a seguinte: de onde advém o egoísmo? Teu egoísmo de achares que, bom, vou fazer o que me faz “feliz”, haja o que houver. E o que é felicidade? Se gostares, compreende, respeita e luta. Se quiseres algo, assuma, defenda e seja coerente. Felicidade vai muito além de sentir. Envolve e agrega os mais distintos sentimentos. Felicidade pra mim é saber o porquê das coisas. Por que eu sei: eu quero estar contigo. Esse porquê me faz feliz, quando real. Então, sem querer distorcer o sentido das coisas, me vejo obrigada a dizer a você, com trinta anos a mais que eu e que estas lendo essa coisa toda: se achares que não há sentido algum, eu vos direi, ainda há tempo para amar.

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