Eu pego o lápis e rabisco uma coisa qualquer, mas minha mão não obedece meus pensamentos, sempre em você. Não é fácil absorver todas as coisas do dia e, ao final dele, esperar apenas por um beijo no rosto como conforto para amenizar esse mal-estar. Não sei o que se passa com você, mas esse seu temperamento egoísta me leva a loucura. Está assim, tão na cara, tão sem graça em você. E pode ter certeza que em mim vai transbordar como já aconteceu outras vezes. Não tenho vergonha de ser assim tão agora, não explosiva, mas de expor o que precisa ser exposto, sem pena e sem dó. Mesmo que, algumas destas, sejam reflexos de você. Sabe o que é?! Tenho vontade de gritar, espernear, chutar, quebrar, rasgar, chorar. Tudo ao mesmo tempo. Tenho vontade de sair correndo sem rumo, largar tudo, mergulhar nas águas mais geladas e ficar lá, até afundar, afundar, afundar. Precisa-se de algo muito mais forte do que há aqui dentro pra não sentirmos mais. Te calas, se queres assim. Te isolas de mim, apenas se conseguires. Mas quando passar essa tempestade que está em você, volta. Há tantas coisas que eu ainda não te mostrei, não te permiti sentir.
"Será inútil ansiar chegar longe mantendo a alma ancorada ao passado. Você pode prestar culto à memória, e achar dignidade nesse ato, mas atrelando toda sua vida a isso você perderia a oportunidade de ir mais longe".
Nenhum comentário:
Postar um comentário