domingo, 1 de janeiro de 2012

(Re) Aproximar-se


Foi a primeira vez que não acreditei que o tempo, às vezes que lhe disse adeus, dar-me-ia uma segunda chance. Então subverti. Disse-te adeus como única alternativa, embora irracional, em respeito e para conseguir calcificar alguém em minha vida que, cegamente, pensei ser o meu alguém. Ora, conversamos abertamente sobre o amor, dor, insanidade, e pensas exatamente como eu. Tu serias a única pessoa na Terra capaz de entender tal decisão. O fiz, contrariada e insegura. Abster-me de ti, era preciso. Bom, a seqüência dos fatos tu sabes bem: decepções, estranhamento, desgaste e o fim. Ainda sob efeito da dilaceração causado por, supostamente, meu amor ideal, não pensei duas vezes em ir te procurar. Recuperar o que, possivelmente, ainda poderia ser “meu”. Assim como sabia que tu entenderias sobre a distância, entenderia sobre a aproximação. “Enquanto houver tempo, corrigirei os meus erros”, pensava. Você é importante demais pra te deixar partir. E novamente o tempo. A falta pelas suas palavras confortantes, seus complementos em mim, nossas conversas compatíveis e gostosas, falava alto. Não sei se é o certo falar sobre isso, sobre o que passou. Não quero cometer erros. Jamais os mesmos erros. Não a vejo com os mesmos olhos inseguros e inquietos. Encontro-me mais comedida. Agora, depois de todas essas revira-voltas, posso te sentir comigo de novo. Não falo de amor, mas também não falo apenas de amizade. Existe um meio termo pra isso? Temos todos os sintomas de amizade e amor. Talvez uma sincronia absurdamente forte e intensa que contempla o meu ser físico, o meu ser psíquico, o meu eu. Decifra comigo?

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