quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Escutatória
Tenho escutado mais ao invés de falar. Quem sabe seja isso que eu precise aprimorar. Aos sons das palavras alheias, sinto respingo de algumas minhas. Ou talvez encontro sentido pras coisas que não sei expressar. Às vezes me surpreendo com o outro: ele é mais semelhante do que eu imaginei ser. Choram, gritam, falam, pensam, sentem. Tudo a sua maneira. Passam pelo tempo. Possuem uma vida. Parece tudo igual. O que muda é a forma como as coisas acontecem. Antecedem escolhas. Acredito que as pessoas deveriam desenvolver a escuta. Quando conversamos algo, contando qualquer fato, o tom comparativo da dor sempre está presente. Representa que a nossa dor é mais dolorosa que a dor do próximo. E de certa forma é. Ela é nossa. Mas enfim, dor, amor, error. Tudo isso faz parte de um cosmo influenciado por escolhas e atitudes mútuas onde cada um é responsável por si e mais ninguém. Porque ninguém possui ninguém. E quanto ao tempo, sempre será o tempo passado no tempo presente. Uma vez me falaram que o tempo é o senhor de tudo. E é por sinal. É quem desgasta as coisas, antes mesmo delas acontecerem. É quem faz com que as pessoas percam para sempre seus sentidos, e quando novamente nos falarmos ‘oi’, não terá mais tanta emoção quanto um dia existiu, porque nossa emoção foi consumida por ele: o tempo. Com o tempo, pessoas cruzarão nosso caminho assim como os dias de chuva: você sabe que existirão dias chuvosos, mas não sabe quando, nem como e nem por quanto tempo serão estes dias. Eu esperei que o tempo levasse pra longe todas as minhas desilusões e trouxesse consigo esperança. O tempo passou e ainda vivencio as mesmas desilusões e com o pouco que tinha de esperança escapando por entre os dedos.
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
"Disseram-me que as nossas vidas não valem grande coisa, elas passam em instantes como murcham as rosas. Disseram-me que o tempo que desliza é um bastardo, que das nossas tristezas ele faz suas cobertas. Disseram-me que o destino debocha de nós. Que não nos dá nada e nos promete tudo, faz parecer que a felicidade está ao alcance das mãos, então a gente estende a mão e se descobre louco. No entanto alguém me disse... Mas quem me disse que você sempre me amou? Eu não recordo mais, já era tarde da noite, eu ainda ouço a voz, mas eu não vejo mais seus traços: 'ele ama você, isso é segredo, não diga a ele que eu disse a você'". (...)
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Contradição
E como tudo na vida só faz sentido com o tempo, todo o esforço se fez desnecessário. Não havia uma prova concreta, um motivo real ou qualquer coisa que tomasse aquelas vidas pelas mãos. O buraco aumentava a cada dia, enquanto um buscava, o outro se escondia. Enquanto os dois fugiam, procurando, se perdiam. E isso aconteceu por muito tempo, em muitas vidas. As histórias se diferem e se repetem. Enquanto acordados, parecia pesadelo, e se dormiam, o sonho era real. Como enteder os caminhos tortos que a vida propoem a nós? Cabe a cada um aceitar essa sorte - ou azar. Tem gente que vê beleza em tudo, mas algumas pessoas não conseguem enxergar nada além da tristeza. Ainda que na opinião de outros a tristeza esteja cheia de beleza, o mundo é composto de vários olhares. Gosto, particularmente, de um olhar. Um olhar fixo, vago. Gosto dos olhos grandes, claros. Mas nossa vontade nem sempre é respeitada. O mundo todo deseja a paz, mas até chegar lá, tem muita guerra pela frente. Hoje, espero em paz. E que venha o que tiver que vir, que seja como deve ser. um dia, depois de um tempo insistindo no mesmo erro, a gente percebe mesmo como é desncessário lutar contra certas coisas. E perceber isso não é desistir, é deixar de sofrer. (Desconhecido)
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