sábado, 17 de dezembro de 2011

Eu quero dizer a todos que eu os amo, que parte do que sou hoje possui uma parcela do terço de tempo em que convivemos juntos. Que não há certezas ou erros e sim aprendizado. Que embora o passado não volte, ele permanece dentro de cada um de nós. Seja em emoção, seja em dor. Permanece. Mas que também seja mais uma forma de aprendizado. Que muitas músicas despertarão o que há de mais enterrado em nós, mas que seja breve: porque não há espaço em nós para coisas passadas. (...) Em minhas andanças por inúmeras cidades, enamorei situações que até então, por toda minha vida, jamais contemplei. Uma delas foi caminhar em liberdade no extraordinário centro da capital gaúcha cuja trajetória que eu trilhava, aleatoriamente, deparava-se com os mais diversos rostos, jeitos, contextos, cores, lugares. Tão distante do meu habitual mundo do interior. Não havia preocupação. Não no sentido cru da palavra, mas, conotativamente, assim, aquela preocupação por ser “diferente” Esta não existia. Poderia andar com a roupa mais rasgada e os cabelos raspados se eu quisesse. Seria um tanto estranho, mas, ali, parece que a liberdade existe, e ninguém, absolutamente ninguém te julga por querer ser um pouco incomum. Talvez, se fosse aqui, onde moro, aberração seria a palavra ideal. Não entendo, exatamente por que disso tudo, se todos nasceram livres, porque essa preocupação toda nos outros, em quem são, em como são e porque são de tal maneira. O julgamento é uma maneira moderna de inquisição. Ah, eu acredito na felicidade. Acho que é essa a peça chave.

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