quinta-feira, 21 de julho de 2011

Sobre dores

Postado em 08 de dezembro de 2009.

Parece um tanto cômico falar que, com apenas três letras, ela seja capaz de tanto estrago. E não há nenhum ser capaz de não senti-la. Está presente a todo momento. Às vezes, tão intensa, que ela própria adormece, e não sentimos mais nada, agindo como um antídoto de si mesma. Eu não falo somente sobre a perda ou do machucado físico. Falo, também, da psicológica, do arrependimento, da culpa, das palavras que não foram ditas que se transformam em silêncio. A da verdade às vezes é a mais dura, mas a mais profunda e sofrida ainda é a da mentira. O pior de todos os sentimentos é quando a possuímos há um tempo longo, não por gostar e querer cultivá-la, é por não saber como saciá-la, como não senti-la, como abster-se dela. E mais irônico ainda, é falar sobre as pessoas que adoram senti-la: masoquistas. Eu não entendo. De todos os sentimentos mais angustiantes, esse ainda é o mais maldoso e traiçoeiro por trazer junto dele sentimentos terceiros, que nos aflita ainda mais. Absorve todas as nossas forças. Suga-nos da cabeça aos pés. Faz-nos parecer com 70 anos, possuindo apenas 20. Torna-nos piores do que já estamos. Não falo dos defeitos existentes, das reclamações da vida que possuímos, do que os outros enxergam na gente que jamais percebemos. Eu falo de dor. Dor sentida e vivida. Dor ardida e intensa, quando se perde quem mais amamos, quando sofremos por não ter dito o que precisávamos. Dor por saber que é tarde demais, dor em saber que não há como voltar para consertar, dor em saber que não há nada possível a ser feito, dor em saber que não está em nossas mãos a cura em não sentir dor. Dor em magoar a outra pessoa, com ou sem intenção. É contagiante quando convivemos com alguém que sente dor, passamos a sentir dor também. Por mais forte que você seja. E aqueles que sofrem por antecipação, sabendo que amanhã ou depois algo ruim vai vir a acontecer, e saber que não se pode ser evitado, pois certas coisas na vida são inevitáveis. Aprendemos a conviver com a dor, e quando não aprendemos, perdemos a coragem pela vida, e nos entregamos ao abismo. Solidão, dor, sofrimento, não são deveres de ninguém, mas são necessários e essenciais em alguns passos que damos na caminhada da vida, em busca da paz, felicidade e equilíbrio entre mente e espírito.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Querido amor,

você não queria estar comigo?
E, querido amor, você não desejava ser livre?
Eu não posso continuar fingindo que nem te conheço
e que em uma noite doce você é só meu.
Pegue minha mão.

domingo, 10 de julho de 2011

Ignorando você

Não me traga suas mágoas
Não traga seu ciúme
Não me afogue no seu humor
Aquele tipo de coisa que você faz
Porque eu não nasci pra ser
A princesa lá da torre
Oh, você não pode me manter
Quieta e amarrada nessa gaiola sangrenta

Eu estou ignorando você
Eu vou ignorar você
Porque seu coração está
Tão cheio dessa merda
E eu vou ignorar você

Pensar

Penso. E nesse meio intervalo, para vastos dizeres, formas, sentires, cenas... logo penso em você. Única forma o qual tu és só pra mim, independente de qualquer coisa. És só meu, sem julgamentos, sem contradições, sem justificativas. Em meu pensamento. Meu pensamento, só meu, absolutmente meu. Que eu interlaço você a única coisa que me pertence, que eu domino, que eu controlo. Silencioso. Talvez esta seja nossa simbiose perfeita. Em outra dimensão, fora dos planos reais. Em meu pensamento.