quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Tédio



É qualquer coisa, assim, irradiante. Aperta daqui, perturba acolá. E acho, também, que talvez não seja dor. Qualquer sentimento, até então, indefinido, que incomoda. Perturba. Eu vejo o tempo passar. Chega até ser piegas dizer “ver os ponteiros do relógio se arrastarem”, mas é exatamente isso. Limpo um pouquinho aqui.  Leio qualquer capítulo aleatório de um livro mais aleatório ainda que eu nem lembrasse que tinha. Mas tinha. Assim como esse sentimento indecifrável. Busquei ligar pra alguém. Procurei na agenda, mas quem?! A mesma pessoa de sempre. Mande um “oi”, na tentativa que interpretasse como um suplica de alguém que diz: preciso gastar meu tempo de forma construtiva. Porque, convenhamos, nada do que eu havia feito até então acrescentou algo. Talvez você pudesse curar meu tédio... TÉDIO! Era isso que eu estava sentindo. Uma monotonia insistente que não passava junto aos ponteiros, passava junto a mim. Ela ia comigo pra onde eu fosse. Persistia entre qualquer um que eu buscasse socorro. Que baita chatice! E, a propósito, isso aqui está chato. Quem quer ouvir descrição de um dia tedioso de alguém que não se sabe quem é?! Não é construtivo pra ninguém. Nem pra mim.