domingo, 23 de outubro de 2011

É muito tempo, e são apenas letras.
É muita saudade, pra um pedaço de papel.
É nada de poesia, pra uma vida toda.
É um sinal de alegria, aos que nos dão as costas.
É um bosque virgem, perto de suas flores compradas...
É uma verdade dita, a frente de boatos manjados.
É dois amores, e não um só.
Não SÃO amores, pois não se pode repartir.
Não se deve separar.
É a marca de nascença, no pescoço de uma criança de rua.
É uma obra de arte, e não apenas uma gravura.
A desgraça do significado que só faz sentido, a quem o sente...

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Brincando de poeta

Talvez se parta como fizesse uma vez.
Dividindo-se como estava no princípio em duas metades:
embora iguais no tamanho, diferentes no sentir.
Talvez permaneça. Eterno, enquanto juntos. Palpitando.
O coração dos homens é um poço de mistérios.
Embora não queira sentir, persiste em teimar. Sente.
Dor, amor, temor, rancor... Permanecem.
Mas o meu... ah, meu coração!
Permaneceste muito preso, apertado.
Segurando firme tua outra metade.
Nem lembra mais como é bater livremente.
Vê se aprende agora, com a vida lá fora e a chuva caindo.
Aventureiro.
Não se retraia, apenas modifique o teu compasso.
Mais forte ou mais fraco, como quiseres, então.
Mas bata, livremente, misturando qualquer emoção.